
Como disse certa vez Tônia Carrero ao falar sobre as cores(psicografada em canção referencial de Caetano), a predileção é mesmo sobre o que?
Minha arte é a minha predileção completa sobre a vida, sobrte o desejo de mostrar ao mundo que este ânima veio para dizer.
E mesmo que as intempéries impeçam os ventos de soprarem por entre as árvores de pedra da dura vida que nos é dada, a minha voz, brilhante e viva, soa.
E como o som da pessoa já preconizado pelo meu mestre Gil, Carlos Barros é uma voz que soa no corpo, adornado pela força bethânica e pela beleza ga(l)úcha, como a chama o próprio Gilberto.
Eu me coloco por entre a chama bárbara e os ecos baianos de hoje. E assim, minha voz pode sair sem a dependência circular dos agrupamentos secretos dos quais não sou (nem mesmo sei que quero ser) parte.
Simplesmente (e ao mesmo tempo complexamente) eu canto!
Para não deixar de evocá-lo de novo:
Solto está o pássaro proibido!
Deixo vocês com Chico César. Me leio no dom de que fala este contemporâneo:
Dona Do Dom
Chico César
Minha arte é a minha predileção completa sobre a vida, sobrte o desejo de mostrar ao mundo que este ânima veio para dizer.
E mesmo que as intempéries impeçam os ventos de soprarem por entre as árvores de pedra da dura vida que nos é dada, a minha voz, brilhante e viva, soa.
E como o som da pessoa já preconizado pelo meu mestre Gil, Carlos Barros é uma voz que soa no corpo, adornado pela força bethânica e pela beleza ga(l)úcha, como a chama o próprio Gilberto.
Eu me coloco por entre a chama bárbara e os ecos baianos de hoje. E assim, minha voz pode sair sem a dependência circular dos agrupamentos secretos dos quais não sou (nem mesmo sei que quero ser) parte.
Simplesmente (e ao mesmo tempo complexamente) eu canto!
Para não deixar de evocá-lo de novo:
Solto está o pássaro proibido!
Deixo vocês com Chico César. Me leio no dom de que fala este contemporâneo:
Dona Do Dom
Chico César
Dona do dom que Deus me deu
Sei que é ele a mim que me possui
E as pedras do que sou dilui
E eleva em nuvens de poeira
Mesmo que às vezes eu não queira
Me faz sempre ser o que sou e fui
Eu quero, quero, quero, quero ser sim
Esse serafim de procissão do interior
Com as asas de isopor
E as sandálias gastas como gestos de um pastor
Presa do dom que Deus me pôs
Sei que é ele a mim que me liberta
E sopra a vida quando as horas mortas
Homens e mulheres vêm sofrer de alegria
Gim, fumaça, dor, microfonia
E ainda me faz ser o que sem ele não seria
Eu quero, quero, quero, é claro que sim
Iluminar o escuro com meu bustiê carmim
Mesmo quando choro
E adivinho que é esse o meu fim
Plena do dom que Deus me deu
Sei que é ele a mim que me ausenta
E quando nada do que eu sou canta
E o silêncio cava grotas tão profundas
Pois mesmo aí na pedra ainda
Ele me faz ser o que em mim nunca se finda
Eu quero, quero, quero, quero ser sim
Essa ave frágil que avoa no sertão
O oco do bambu
Apito do acaso
A flauta da imensidão.
Desejo beijos e ouvidos para todos. Amigos e nem tanto,
Carlos Barros.
Desejo beijos e ouvidos para todos. Amigos e nem tanto,
Carlos Barros.
02 de junho de 2008.
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