Cantigas

sexta-feira, 30 de março de 2012

Antes da próxima estação... a estreia em Salvador



Sexta-feira, 13 de abril!

Estreia do Show Antes da próxima estação...

com Carlos Barros & A TRILHA  
Com o conceito URBANIDADES, Carlos Barros traz seu novo show para os palcos.
 
Com uma nova formação de banda e repertório que comporá o seu segundo CD, o intérprete canta a existência humana no universo urbano, apontando para a identidade brasileira constituída no ambiente da cidade.

Após a estreia do show, Carlos Barros conversa com a plateia sobre a construção do conceito e 
roteiro do espetáculo.

Ao lado do cantor, está o grupo A TRILHA, formado por Gabriel Barros (Guitarra), Sebastian Notini (Percussão e Bateria) e Zé Livera (Baixo).

Serviço:
Quem: Carlos Barros & A TRILHA
O que: Estreia do Show Antes da próxima estação...
Quando: 13 de abril de 2012, 18:30h
Onde: Auditório Kátia Mattoso, na Biblioteca Pública da Bahia, Rua General Labatut, s/n, Barris, Salvador, Bahia, Brasil.
Quanto: Entrada Franca

quinta-feira, 29 de março de 2012

Re-união de Gal



Gal Costa é uma das maiores referências no Brasil. Hoje, sua existência me é como um farol que orienta o olhar e meus movimentos. Gal é tudo aquilo que a minha voz quer.

Recanto é o nome do seu mais recente disco, lançado no final de 2011 e – desde os primeiros momentos de anúncio – esperado por fãs e alguns detratores. Não há nada neste trabalho que possa ser reconhecido como óbvio. Caetano Veloso, que de tão acostumado a compor para Gal acaba traduzindo-se nela, pensou em timbres eletrônicos para o canto da parceira de sempre. Gal não pensou exatamente em nada. Foi lá e cantou. Com graves mais encorpados e denotando a fisiologia de uma mulher de sessenta e seis anos que guarda a musa que é, Gal interpreta peças estranhas e belas e fortes e definitivas. “Roço a minha voz no meu cabelo” é o primeiro verso de uma joia que ironiza a utilização dos programas afinadores de voz, em Autotune Autoerótico. A cantora (que ensina violões e pianos a se afinarem cromaticamente às variações de suas cordas vocais) se deixa brincar com a metalização que vem junto com a modulação eletrônica do recurso do autotune. Caetano traz a panela da juventude da moça (que aprendeu a emitir pelo eco do metal da cozinha, na Bahia) para dialogar com as timbragens contemporâneas, fazendo com que nos questionemos o quão cantores realmente são certos nomes célebres a andar pelo mundo...

O disco inicia-se com Recanto Escuro - poesia genial e assustadora numa narrativa que passa a limpo a vida de Caetano e Gal. Sexo e Dinheiro também chegam em outra faixa meditativa, que abre espaço para o funk Miami Maculelê, onde o clima de euforia e “putaria” da cena suburbana carioca traz como personagens São Dimas e Robin Hood; aqui alter-egos possíveis dos pequenos marginais/heróis dos morros do Rio. Ecos da Tropicália? Sempre! Na faixa O Menino, guitarras e distorções bem características remetem à Gal do Divino Maravilhoso (Gilberto Gil / Caetano Veloso), do período em que pernas de fora na música não substituíam a competência do canto, o que a exuberância física e espiritual da baiana verdadeira sempre teve.

Recanto é uma re-união entre Caetano e Gal e uma proposta de atualização estética possível apenas para quem já percorreu os caminhos que fez esta VOZ brasileira. Agora em março, o show estreou no Rio de Janeiro, trazendo um repertório que elenca canções (muitas) de Caetano e outras referências marcantes da trajetória de Gal. Barato Total (Gilberto Gil), Vapor Barato (Wally Salomão / Jards Macalé) e Deus é o Amor (Jorge Ben Jor) são canções que não pertencendo à safra de Caetano, estão na carreira de Gal como estandartes de sua  prática de ser uma grande voz a serviço de projetos arrojados e de energia construtora neste país. Num momento especial do recente espetáculo, ela mostra por que pode ser considerada uma das maiores cantoras do mundo. Ao reler Um dia de domingo (Michael Sullivan /Paulo Massadas), gravada originalmente ao lado de Tim Maia, Gal mantém a modulação do arranjo primeiro e imita timbragem e maneirismos vocais do saudoso artista. Aqui, deixa claro que a sua posição artística/estética privilegiada é para sempre!

Gal Costa muitas vezes é apontada como uma artista que não impõe sua vontade na definição de sua carreira. Mero ponto de vista. A força de uma personalidade pode residir tanto na capacidade de mandar, quanto na sabedoria de flanar por sobre as águas da história. Gal Costa flanou e interceptou estas águas, ao colocar o seu instrumento mais que perfeito como seta para ideias, atitudes e compreensões sócio-existenciais que pertencem ao universo da MPB.

Como dizem os chineses no conceito de Wu Wei: a verdadeira sabedoria é a do pássaro, que, podendo voar (com asas que a gente não tem, como diz Caetano na letra de Recanto Escuro) pode também pousar sobre a folha e observar – cantando – o movimento do rio, que leva a folha, que leva o pássaro...
Tudo como manda Caymmi: chamando o vento e levando a vela!
E entre altos e baixos, Gal sempre levou sua vela muito bem!


Originalmente publicado em: www.clicmaissalvador.com.br, em 27 de março de 2012.

 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Estreia do Show Antes da próxima estação...


Carlos Barros
Show Antes da próxima estação...
Estreia
13 de abril de 2012
Auditório da Biblioteca Pública da Bahia
18:30h
Entrada Franca
Bate-papo do cantor com a plateia, 
após o espetáculo,
sobre o conceito do show.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ele e Eu...


Sua brancura irrompe na minha existência.
A Sua vitalidade clara e límpida se instaura naquilo que é mais visível.
Eu vivo ele na pele que transluz a guerreira certeza de prosseguir.

Quando os arrepios se revelam naqueles que o sentem em mim, minha brancura existencial revela o mais negro de mim.
Um Africano do Norte, mouro/black/baiano que aparece naquilo que me é mais profundo.

Me exalta ver que ele é visto por sobre meu andar.
Eu, um noturno caçador de esperanças, trago a mão de pilão dele.

Alimento e Luta!
Rei e Menino!
Pai e Filho!
O seu Santo Espírito paira e clareia.

Manhãs e Tardes nas minhas noites eternas e desejadas!

Eu e Ele.
Orixá Nlá!
Orixá Oguiã!

Exê Ê!

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