Cantigas

quinta-feira, 22 de abril de 2010

No tempo em que festejavam os dias de nossos anos...


Hoje aniversaria a "blague de Pedro Álvares Cabral", como diria Álvaro de Campos! 
Não iria mesmo escrever nada, mas... como diz o povo: o diabo atenta, não é?
Recebi uma mensagem que é de uma série de mensagens recorrente de um amigo, contra o governo, a imagem, os nove dedos e até a barriga do Lula.
Não morro de amores pelo PT (e tenho razões de sobra pra desconfiar de certas práticas das gestões desta esquerda atual...), mas também não sinto esta agonia com o Lula.
Na verdade, sua figura, por si só, me traz olores de novidade, nesta bruzundanga que somente Lima Barreto poderia tão bem mimetizar.
Não há dúvidas que este pernambucano forjado entre o sertão e o metal do ABC paulista tem uma importância histórica no plano geral do Brasil que só percebemos na figura também controversa de Getúlio Vargas: do mesmo modo  - guardadas as proporções do populismo fascista do gaúcho -  temos uma ascenção de novos valores sociais e, na Era Lula, uma perspectiva menos elitista a respeito da cultura e de muitos aspectos sutis da configuração deste povo brasileiro.
A corrupção no Brasil não começou com a Era Lula e não vai terminar com o término deste momento político. Enquanto administração, este denota os mesmos vícios de outros tais: aliás, a governabilidade se faz -  de fato -  a partir de uma série de conchavos, conflitos e acordos que são podres (e historicamente) por natureza: a política, enquanto atividade da pólis nasce da manutenção de interesses de uma maioria representativa (os cidadãos gregos, lembram?) e no caso do Brasil, esta maioria está representada numa burguesia entreguista que barrou por duas eleições a emergência deste político que é apontado como bêbado, analfabeto, iletrado , etc. Não falamos dos jantares de outrora (antes, muito antes do Lula sonhar perder o dedo numa máquina industrial) regados a Möet Chandon e outras bebidas que eu - um abstêmio de carteirinha (sic) -  não sei dizer nem o nome. 

Somente devemos pensar que talvez as críticas que estamos fazendo a ele hoje -  todos nós brasileiros ligados na TV aberta e refogados com o cozimento da protegida de Santa Clara -  são produto também de uma lógica mental proveniente dos mesmos valores burgueses que se apresentam famintos da usurpação dos bens públicos em favor de poucos, muito poucos. 

Se o Bolsa Família é assistencialista, ora, de que país falamos, mesmo?
Somos um país de miseráveis, no qual a beleza de Copacabana convive lado a lado com a pobreza de Valéria e com a fétida sujeira das ruas da Bahia... 
A favela da Rocinha é vizinha da opulência e do frio, cáustico e Global do Shopping Leblon...

Em resumo, a Era Lula vem ensinar a todos nós que a história não se desfaz em duas, três ou talvez em mil gestões: administração está ligada a contexto e contexto desfavorável, é nosso patrimônio que aniversaria hoje, não é mesmo?
Que nos digam a nós mesmos: mulheres, negros, paraíbas, gays, crianças, idosos, brasileiros.

De todo modo, viva o Brasil!
Viva Lula, ACM, Serra, Dilma!

Vamos todos para New York?
Adoraria trabalhar na Runway (lembram do filme  
The Devil wears Prada?)

Viva o povo brasileiro!

Ah! E vão assistir o meu show, tá bom?

Carlos Barros e Banda do Céu convidam Cláudia Cunha, no Jequitibar, em 11 de maio.

Carlos Barros e Banda do Céu convidam Sandra Simões no Jequitibar, em 27 de abril

Total de visualizações de página