Cantigas

domingo, 29 de novembro de 2009

Ave, Carlos





AVE, CARLOS!

Por Mayana R. Soares

            Hoje, vinte e sete de outubro de dois mil e nove, tive o imenso prazer, privilégio e felicidade em contemplar o nascimento de mais uma obra-prima da Música Popular Brasileira: o lançamento do disco Cantiga vem do céu, do cantor e compositor Carlos Barros, acompanhado da Banda do céu e convidados. O evento aconteceu no espaço cultural Tom do Sabor, no Rio Vermelho-Salvador-Bahia-Brasil. Na presença de sua família, amigos e admiradores, Carlos Barros ofereceu a todos nós presentes uma agradável noite de autógrafos, seguida do deleite de seu belo canto.
            O grupo Engenheiros do Hawaii uma vez cantou “nesta terra de gigantes...”. Mais um “gigante” chega ao cenário artístico brasileiro, através de um “canto encantador”, suave e agressivo, leve e passional, emotivo e cerebral. Emoção e Razão se encontram na voz deste cantor que faz do seu belo canto um meio para alcançar os céus!! Neste disco, letra e música corporificam a canção, e eleva a alma humana ao mais sublime, ao belo, ao eterno. Tocado pela sutileza de Lenine e Maria Rita, pela competência de Caetano Veloso, pelo vigor de Maria Bethânia, pela suavidade de Gilberto Gil e pela beleza vocálica de Gal Costa, Carlos Barros lança seu “primogênito” e se faz eternizar: seu canto, seu encanto e seu talento.
Com licença Adriana Calcanhotto:
Carlos,

“Sua música não quer ser útil
Não quer moda
Não quer estar certa
Sua música não quer ser bela
Não quer ser má
Sua música não quer nascer pronta
Sua música não quer redimir mágoas
Nem dividir águas
Não quer traduzir
Não quer protestar
Sua música não quer te pertencer
Não quer ser sucesso
Não quer ser reflexo
Não quer revelar nada
Sua música não quer ser sujeito
Não quer ser história
Não quer ser resposta
Não quer perguntar
Sua música não quer estar além do gosto
Não quer ter gosto
Não quer ter rosto, não quer ser cultura
Sua música não quer ser de categoria nenhuma
Sua música quer só ser música:
Sua música não quer pouco”.

            Sabiamente, em seu show, você traz o “poeta fingidor” Fernando Pessoa em seu canto, pois, assim como o poeta que “luta com palavras” e as resignificam através dos seus versos, a música também, antes somente poesia, transforma a palavra e dá a esta novas “vestimentas”.
Nesse sentido, terminarei este breve, mas significativo, louvor ao seu trabalho por meio de um poema de Pessoa, in persona Ricardo Reis:

“Para ser grande,
Sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe o quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago
A lua toda bilha,
Porque alta vive”.

Ave, Carlos Barros!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

parabens pelo blog...
Na musica country VIRGINIA DE MAURO a LULLY de BETO CARRERO vem fazendo o maior sucesso com seu CD MUNDO ENCANTADO em homenagem ao Parque Temático em PENHA/SC. Asssistam no YOUTUBE sessão TRAPINHASTUBE, musicas como: CAVALEIRO DA VITÓRIA, MEU PADRINHO BETO CARRERO, ENTRE OUTRAS...
é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.

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