Cantigas

sábado, 30 de agosto de 2008

O céu se abriu!





O céu se abriu ao comando de Iansã!

As cantigas desceram e chegaram aos ouvidos/olhos/poros de todos que assistiram à estréia de Carlos Barros com o novo show.

Pedro Ivo ditando as harmonias, Marcelo Neder abrilhantando com sua participação especial no cavaquinho, Déia Ribeiro atingindo picos com seus agudos de raro prazer!

Na platéia, gente boa, de variados matizes e tonalidades de cores, pois o céu do show começou azul e concluiu-se vermelhinho, vermelinho, no hedonismo proposto pela canção Odara (Caetano Veloso).


Márcia Short, Lucas de Souza, Odalice do Carmo(Motumbá, Yá), Marlon Marcos, Conceição Miranda, Márcia Barros, e entre outros, um séquito de fãs, admiradores e familiares de Pedro Ivo estiveram por lá para ver o céu se abrir. E ele se abriu.

Entre composições de Moska, Calcanhotto, Caetano, Zeca Baleiro e Chico César, as inéditas Chumbo e Para inglês ver, de Harlei Eduardo, se encontraram com a ode caetanística Eu gosto de Caetano (Felipe Queiroga), num clima de celebração ao Brasil nos seus limites mais densos. O Lamento Sertanejo de Gil trouxe notícias do Nordeste, de seus ventos frescos em quentura brasileira...


Caymmi, Ari, Vinícius e Tom dialogaram muito bem com Yuka e o Rappa. Djavan deu o tom nos intervalos difíceis e profundos de Morena de endoidecer, na minha voz, na minha alma.


Saindo na porta de casa para ver o céu escurecer!!!


Quando o céu voltou a clarear, o público estava entregue ao amor preconizado pelo espetáculo!


Muito obrigado a todos os presentes!


Imagens em breve deste encontro entre interpretação e sentir.
E como não poderia me furtar a dizer:

Muito obrigado Dil, Carlinhos, Marcelo, Pedro, Déia, Marlon!
Meus novos uns, meus novos meus!!!!!!!!!!!!!!!!!



Até mais!!!!!!!!!


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Carlos Barros no Tropical Hotel


Cantiga vem do céu chega aos palcos de Salvador.


Em 28 de agosto de 2008, Carlos Barros e o violonista Pedro Ivo estréiam o show Cantiga vem do céu, no Tropical Hotel, Projeto Quintas Musicais, às 19 h.


O repertório e roteiro do show são fruto de pesquisa lítero-musical sobre canções brasileiras de vários momentos e de muitas tonalidades.

Cores, sons e formas através das canções de Ari Barroso, Lenine, Tom Jobim, Moska, Pixinguinha, que se encontram no eixo céu, em muitas significações e entornos deste lugar da natureza do mundo e na nossa natureza interior.

O show é multimorfo.
Nesta apresentação, violão e voz emolduram o conceito e surpresas musicais podem acontecer...



Apareça!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



SERVIÇO:
Show - Cantiga vem do céu

Quem - Carlos Barros e Pedro Ivo

Quando - 28 de agosto de 2008

Onde - Tropical Hotel (Campo Grande, Salvador), 19 h.

Quanto - Entrada Franca (Consumação pessoal no Espaço)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cantiga vindo e chegando


O show Cantiga vem do céu está chegando.

Carlos Barros, em formatos voz e violão e banda está no preparo desta cantiga, que vai ecoar em Salvador logo, logo.

O show traz canções centradas no conceito Céu.


O conceito de canções de épocas, jeitos e gêneros de matizes em torno dos azuis, laranjas e avermelhados do céu, como o próprio intérprete.

Pequenos ensaios desta chegada das cantigas celestiais estão sendo apresentados nas diversas participações que o cantor tem feito nesta cidade da larga baía.


Carlos Barros recentemente participou, entre outros, de shows com Jota Velloso e Sandra Simões, duas estrelas reluzentes da contemporânea noite da Bahia.


Agora, o vôo será acompanhado por músicos da mais inteira competência e sedução sonora.

Pedro Ivo, Harlei Eduardo e Vavá Oliveira são alguns dos artistas convidados para compôr o quadro de instrumentistas a proporcionar os ecos das canções de céu trazidas por Barros.

Estão no show Coraçãozinho (Caetano Veloso), tema principal da proposta do espetáculo. Adriana Calcanhoto empresta beleza em Esquadros, para Carlos e para o público.


Idade do céu (Jorge Drexler / Moska) e Pescador de ilusões (Yuka / O Rappa) fazem parte do espectro mais atual das produções do cancioneiro no Brasil

A bossa-nova é festejada com Lígia, O Amor em paz, Chora tua tristeza, das safras de Jobim, Lyra, Vinícius.

A Bahia e seus desdobramentos estão em Caymmi, Gil, Raul, Márcio Mello, entre outros.

As composições inéditas vão de Eu gosto de Caetano (Felipe Queiroga) a Chumbo (Harlei Eduardo), passando pela épica Romã (Ivan Farias / Pio Otávio/Carlos Barros), mostrando facetas relevantes da música na Bahia .


Cantiga está vindo do céu

Carlos Barros se compromete a traduzir "bonitinho", com o seu coração que dói por bater e estar

VIVO!!!!!!!!!!!!

sábado, 16 de agosto de 2008

Dorival Caymmi


Numa semana em que a nova canção do Gil sobre a morte bateu forte em muitos amigos (depois de ter batido em mim), não é que Caymmi sai deste palco para outro?


Não poderia deixar de escrever sobre ele, embora nem seja habilitado a falar deste ente da música popular que nos deixou neste plano, para nos engrandecer em outro.


Caymmi é o trabalho máximo da simplicidade poética, melódica, harmônica, de uma forma tão intensa que, como diz Chico Buarque, não pode ser imitado. Ninguém conseguiria chegar perto de sua capacidade de dizer beleza sem a necessidade de corolários.


Anti-barroco, anti-inteligismos, anti-sofismas. Caymmi, este baiano com nome sonoro e nobre, lega o belo em estágio primitivo. De tanto se polir o diamante, ele chega à forma mais perfeita e ao mesmo tempo mais simples: a esfera.

Caymmi trouxe a esfera para a nossa música.


Sua Bahia d'antes, de seus mares observados e navegados em sonhos e imagens de Iemanjá foi inventada por sua necessidade de estar num lugar idílico. E quem nunca quis estar nesta Bahia? Quem nunca esteve nela, de fato, ao interpelar uma baiana de acarajé, ao observar a beleza dos músculos dos pescadores, dos fios de cabelos crespos das mestiças meninas de praia no litoral desta cidade da Bahia?


E Menininha? Quantos puderam ouvir/saber de sua existência muito antes que Oxum encantasse de perto aqueles que chegaram à frente da Mãe do Gantois? E quantos foram encantados pelas vozes de Gal e Bethânia traduzindo em modernidade o canto do velho baiano?


Dorival Caymmi foi para um novo mundo e, nesta manhã, quando eu soube, me deu uma sensação de que algo não se colocava no lugar. Foi na noite passada, no sono, que ele saiu sem precisar pensar no chapéu a tirar da cabeça. De camisa listrada (branco e vermelho para encontrar Xangô), o mestre da controversa Bahia saiu e se encontrou com veredas por onde ele precisava caminhar.


Depois de trabalhar toda semana, meu sábado começou com a notícia de sua ida. E ele saiu, definitivamente de Copacabana, a princesa que eu elegi para ser morada de meu próprio personagem, príncipe baiano que um dia há de estar lá.
Será que também sairei de Copacabana para seguir na vereda por onde foi Caymmi?

Ele atravessou e fez no dia do Senhor do Sol, o também velho Omolu.
Caymmi é um tempo que, hoje, se encontra com outro Tempo, de outra morada, passando por outras cancelas.
Um dia, mesmo que sem a mesma paz, chegaremos lá.


Não fazes favor nenhum em gostar de alguém!

E para gostar e sentir saudades de Caymmi, nem precisa favor.

É favor querer saber, ouvir, sentir a brisa dos ventos marítimos de Janaína no pé do ouvido, ainda que somente matutando sobre o velho baiano.


O maior de nós, baianos, se foi.

João, Gal, Bethânia, Caetano, Gil, Daniela, Brown, Marilda, Carlos, Marlon ficaram órfãos.

Nosso pai está em outra.

O pai se foi, como diria Gilberto, sem deixar de ser!


Ouçamos, então, lá longe, os clarins de uma banda militar que, ladeada por Gabriela e Dora de braços abertos e cabelos ao vento, deve estar honrando sua chegada , num porto astral de um certo lado de lá aos pés de Tupã.




segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Zauber, Cavaleiros e Realidades. O que é mesmo virtual?


A expressão "Zauber" me veio à cabeça esta semana quando li uma matéria em periódico de circulação nacional sobre o filme O Cavaleiro das Trevas.


O autor, sobremaneira assentado na sua mordaz inteligência e perspicaz racionalidade, apontava para o que considerava ridículo numa película que traz como tema um justiceiro fantasiado que aplica suas regras de conduta para limpar uma grande cidade da sujeira de uma máfia organizada e pútrida.


Fiquei pensando em Zauber (do alemão, encanto, encantamento, magia) e na tentativa de Weber em mostrar como a Razão Instrumental havia levado o Ocidente a uma construção de mundo em muitos momentos condenatória à jaula de ferro de estar sempre agindo para finalidades específicas, sem a possibilidade do fantasioso, da ampliação de horizontes, do entendimento para além das sinapses cerebrais.


Fiquei pensando neste comentário do jornalista João Pereira Coutinho, que chegou a dizer que se era difícil aguëntar a fantasia como fantasia, era mais complicado ainda suportar a fantasia tratada como documental (segundo ele, o filme Cavaleiro das Trevas é fantasioso e documental), pois não lhe era possível aceitar que atores pudessem se mascarar e continuar se dizendo atores.


Fiquei pensando e fiquei tentado a pensar o que realmente este autor queria propor como solução para a fantasia, o documental e a arte de ser ator...


Quando assisti ao filme novo do Batman, percebi o quanto o tema da série está relacionado ao nosso desejo de ser salvo. Como temos em mente que o mal reside em pessoas e em grupos, e que poderíamos resolver mais facilmente estas questões de violência, pobreza, miséria se estas estivessem inscritas de forma tão óbvia em setores específicos do mundo social.


Batman, tal como o Super-Man, a Mulher Maravilha, o Homem Aranha, e tantos outros ícones do universo dos Quadrinhos, esquadrinham arquétipos de humanos (super, que se diga) encontrados em nossos sonhos de mudar o mundo.

A Fantasia rejeitada pelo jornalista racional não nos faz parecer idiotas nem menos inteligentes. A Fantasia é uma possibilidade humana de interpretação do mundo. os Mitos (associados e mesmo irmãos da Fantasia) aparecem desde que o primeiro sapiens soube que sabia.


Os heróis, seja na Grécia ou em Hollywood, são nós mesmos, projetados e ansiosos pela resolução rápida e eficiente das agruras da vida. E se os critérios dos heróis são racistas, homofóbicos, sexistas, anti-pobreza é por que nós, em alguma medida ainda guardamos traços destes sentimentos em nós, seres racionais e pertencentes a este mundo "real", onde habita exclusivamente este profissional da informação que não permite a Fantasia enquanto referencial de existência.


O filme O Cavaleiro das Trevas não é um dos que mais me agradaram, mas (a questão nem é essa) sua temática é relevante e deve fazer pensar (racional e emocionalmente) sobre os destinos do contemporâneo e sobre o que faremos do humano no meio disso tudo. A fantasia não é o problema, até por que sua lógica constrói caminhos e propõe reflexões desdes os murais mesopotâmicos e egípcios.

Tudo isso antes dos jornais paulistanos existirem!!!!!!!!


No mais, o Coringa de Heath Leadger vale duas horas assistindo o encantamento das máscaras e a aparição da loucura da forma crua como se apresenta no personagem.


Assistir ao filme é um bom pretexto para pensar sobre os reais motivos de precisarmos recorrer a vigilantes e cavaleiros a povoarem nossa imaginação.

sábado, 9 de agosto de 2008

Mandala para o futuro certo e da fortuna


Ouvir uma canção sempre inspira!

Sempre faz dizer cantar, dizer sobre, expressar...


Caetano Veloso completou 66 anos. Seu Sol passeou mais uma vez por sobre Leão, passou por entre as selvas habitadas por Odé e iluminou as vestes brancas de Oxalá.

Em 66 anos foi assim e a Roda da Fortuna há de manter o baiano sempre no alto de sua geometria, desafiando a inevitabilidade da existência da Roda: Caetano não há nunca de estar embaixo.


Caetano não nasceu para a obscuridade. Sua presença está fadada ao aparecimento, ao brilho, à irrupçaõ de conceitos e desconstruções prévias. Caetano é a possibilidade máxima de surpresas. Surpresas esperadas pela certeza do novo e da mudança; mestre de seguidores fiéis, nada budistas, nada zen, nada assentados.


Os seguidores de Caetano fazem com que sua trajetória seja cada vez maior. Eu o sigo, e vou atrás de tanta gente: Ney, Gil, Chico, Adriana, Daniela...

Caetano Veloso é a força motriz da MPB desde que esta se possibilitou questionar sua vocação. Qual seria o destino desta fonte de manancial ilimitado? Continuar paixões, amores, arrebatamentos? Propor novas paixões, novos caminhos?

Caetano desafiou e propôs uma música para o futuro. Propôs e faz e fará e será e então,

Caetano!

Sua voz há de ecoar como suavidade que transita bem para a força.

Ouvi-lo é um estudo entre sentir e pensar.

Por que é assim?

Como faz o som ser mais perfeito?


Sua escrita é montanhosa e abissal, nunca linear.

Sua beleza é exponencialmente proporcional ao tempo: como disse Rita Lee, o homem-vinho.

Sua obra, na medida de sua inconstância criativa: instigante!


Pensei em como falar de Caetano...

Nem sei mais.

Cê saberia?


Cantiga vem do céu!


"Eu gosto de Caetano por que o cara é bonito"

Simples desta forma, eu trago Felipe Queiroga e sua belíssima canção (gravada por Carlos Barros) sobre Caetano.


Caetano,

venha ler o que este preto escreveu sobre você!





sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Percursos


Em tempos da integral volta do meu "pai" à música, o Centro Cultural Casa da Mãe está repaginando sua história, com uma festa hoje, 1º de agosto de 2008, a partir das 22h.


Vários artistas estarão passando pelo palco daquele lugar que é, de fato, uma grande Casa materna, por onde transitam tantos nomes que musicam as noites de Salvador.


Localizada no Rio Vermelho, em frente à Casa de Iemanjá, o Centro Cultural conta com a produção da cantora Stela Maris - cujo disco é um presente aos ouvidos e à sensibilidade sinestésica - e das moças "da Mãe" Raquel Dias e Daniela Amorim.

No caminho da renovação, que é sempre importante, o Casa da Mãe vai construindo uma história de presença forte na noite desta cidade, e Carlos Barros tem mais uma vez o prazer de estar cantando naquele palco, como participante de uma noite longa e bela do primeiro dia do mais cabalístico dos meses.


Agosto é mês de Roque, Lázaro e Omolu.

Agosto é mês do senhor tão bonito do Tempo.

Agosto, dizem alguns, é mês do "desgosto".

Vamos, então, privilegiar a felicidade e propôr um agosto de brilho. O mesmo do Sol de Obaluaiê, encoberto por detrás de suas palhas densas e protetoras.


Vejamos Carlos Barros e todos os outros artistas, hoje no Casa da Mãe, a partir das 22h.



No mais, Gil: quem te reconhece na batalha, te ama sem medo e em paz! Que o diga o jornalista Marlon Marcos, que escreveu tão lindo sobre você!

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