Sim, eu vi Bethânia agora há pouco pelas ondas tecnológicas da Internet.
Vi e ela falou tanto com seus ares de menina do interior, como gosta de se definir. Ela disse-me assim: não, não posso mesmo ter pena de mim, não desta forma simples como a vida por vezes quer nos fazer sentir.
Bethânia sempre me chega como imagem, fenômeno em carne da minha mulher maior: Oyá de mim toda.
De minha vida assim!
E como mais cedo conversei, acariciei, me joguei aos pés de Iansã, eu precisava ver Bethânia.
Era preciso ouvir Bethânia e sentir o cheiro de seus cabelos lindos, negros, soltos ao vento, passeando na cidade de meus sonhos.
-Parece Santo Amaro! - Diz a Maria das Marias da Terra que fala do Rio com a mesma sensação que tive quando por lá andei: parecia Salvador, maior e maior e maior!!!
Será que o tamanho do Rio cabe o meu desejo de felicidade? Será que a minha felicidade poderá um dia caber no meu corpo que aqui habita em vontade de ter tudo o que quero?
Sim, eu vi Bethânia e meus olhos e ouvidos puderam ler a possibilidade maior de conquistar o pódium de uma vida! Ela chegou lá!
Bethânia é ímpar! Única! Bela! Estrela maior por que se sabe maior na pequenez de ser apenas - e tudo isso - filha.
Nossa Senhora lhe dá a mão, os ombros, os braços e o colo. Por favor, Mãe da Manhã: dê-me o seu colo também.
Fiquei feliz em ser mortal ao ver Bethânia - mortal como eu - e me lembrei que por diversas vezes conversei com ela em sonhos. No carro, me dando bronca por uma das minhas tristezas já de muito alongadas; andando pelas ruas de Santo Amaro, batendo papo sobre música e no palco...
Ah! Como é bom cantar com Bethânia. Sentir o vento que rodopia em volta de seu corpo nos levando a cantar com o ar de sua graça. Bethânia oscila e faz a Oyá em mim bailar com a Oyá nela. Dança de mães e de deusas que nos faz - Bethânia e eu - filhos de deuses.
Sim, eu fiquei radiante, com lágrimas nos olhos e agradecido por ser filho de minha mãe Ana Lúcia - uma mulher de Iansã -, por ser filho de Iansã, por conhecer e compartilhar da existência de Bethânia, por ter cantado inúmeras vezes o seu repertório.
Hoje de manhã ouvi de uma amiga que minhas quando eu canto mãos lembravam os gestos de Bethânia.
Eu disse a ela: tá em casa! Bethânia e Gal (tia e mãe, ou mãe e tia de mim).
E agora?
Que tristeza pode resistir à Bethânia?
Talvez a minha nesnte momento.
Mas uma coisa é certa:
Agora e sempre: Bethânia não é uma referência nem um farol, nem um gosto nem um ídolo. Não só!
Bethânia é para mim simplesmente um fato consumado!
---Ah! Marlon, licença, pois antigüidade (principalmente no amor) é posto!---
Um comentário:
Nossa Carlos,você me emocionou com seu texto...
eu nem escrever o que Bethânia e para mim...sinceramente só digo sempre com ela aprendi a falar...dês menino,ela me ensinou como a falar...a andar,sorrir...e a cantar .
Meus respeitos a você
Aquele abraço
ASs°Ricardos R*
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